segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Na crise, acredite no Marketing de Guerrilha

Post publicado no blog de Guerrilha.




A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, nº 241, traz na capa 40 dicas para o pequeno empresário crescer na crise. E a dica 4, acima, sugere o uso de marketing de guerrilha.

Mas o texto da reportagem vai além, aconselhando o empresário investir suas reservas em criatividade ao invés da propaganda tradicional:

Em momentos de aperto econômico, como o atual, o marketing das empresas costuma ser jogado para segundo plano. Eis um grande equívoco, dizem os especialistas. “Justamente em períodos de contenção de despesas, quando a maioria dos empresários se esconde, é que se deve divulgar o negócio”, afirma José Eduardo Balian, professor de finanças da ESPM. “Está aí a grande chance de se diferenciar da concorrência”. Nem pense em gastar todas as suas reservas nos tradicionais anúncios publicitários. Aposte no marketing de baixo custo. Execute táticas que envolvam mais a criatividade do que o dinheiro“.

O engraçado, mas nem um pouco surpreendente, é o autor da matéria, Wagner Roque, colocar em lados opostos a criatividade e a propaganda tradicional.

Não é surpreendente porque em 2002, antes mesmo da consolidação do conceito de WEB 2.0, o livro “A Queda Da Propaganda - da mídia paga à mídia espontânea” já dizia, e levantava uma enorme polêmica, que o papel da propaganda não é ser criativo, mas sim informativo, e que a criatividade é função de quem provoca a mídia espontânea, uma vez que estes precisam encontrar formas de ser interessante a ponto de fazer sua mensagem ser falada em troca de nada.

O ponto é que empresas pequenas e, principalmente, as grandes corporações desperdiçam uma quantidade enorme de recursos ao não considerarem essa premissa básica: investir na comunicação de uma mensagem e não conseguir fazer com que as pessoas falem sobre a mensagem é jogar dinheiro fora. E para nós, guerrilheiros que por definição potencializamos os nossos recursos, é chocante ver coisas como:

# Estandes milionários em todo tipo de feira que ficam vazios e só são falados em programas jabazentos que mostram seu making of.

# Sites belíssimos, que demandaram hora$$ de programação, e dentro de uma web ávida por conteúdo e novidades precisam comprar posts em blogs para receberem links e serem acessados.

# Páginas e páginas e páginas de revistas com anúncios que não serão lidos e, muito menos, comentados.

Em tempo de crise _ quando dos catadores de papel de São Paulo aos times da NBA nos EUA, passando por montadoras e bancos, todos recorrem ao socorro financeiro oficial _ os governos dos países deveriam exigir como contrapartida nestes empréstimos, além do não pagamento de bônus aos executivos, que todo centavo investido em ações de marketing nestas empresas gere boca-a-boca. É tempo de fazer mais com menos.

Abs, Gfortes

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